Zeca Mulato, pedra sobre pedra
Equipes de resgate encontram o sétimo corpo nos escombros no centro do Rio
Uma infiltração ao longo dos anos poderia limitar a sustentação de um eixo que fadigado por concentrar tamanha força ruiria ao pó facilmente.
Hipóteses, hipóteses, nada mais que hipoteses
Uma estrutura antiga, de manutenção escassa, passou aos olhos responsáveis dos especialistas que se aventuram em seus quinze minutos de fama e despejam teorias de rodapé de livros técnicos e, querem explicar, tim-tim por tim-tim o que aconteceu, e justificar, pessoas que jamais adentraram naqueles prédios se tornaram repentinamente especialistas em pitacos absurdos, talvez orientados pelas partes interessadas em retiram de seus ombros a omissão de suas obrigações. Em cada nova reportagem que podemos assistir vemos detalhes de uma realidade nacional, trabalhadores explorados pelos contratantes, sem registro em carteira, portanto sem compromisso com a legislação em todas as esferas que não se importam com eles.
Quanta hipocrisia, quanta falta de valores humanitários, que negam a importância que tem o fato em si. Pessoas morrem porque alguém, ou algum órgão não fez o que deveria fazer; fiscalizar as leis que criaram sustentados pelo dinheiro público e todo o seu beneficio. O Rio de Janeiro ha muito perdeu sua condição de estado e nega ao cidadão carioca seus direitos mais justos e individuais, saúde, educação e principalmente na segurança. Se antes eram as favelas que vinham abaixo durante as chuvas, agora o coração pulsante da metrópole maravilhosa despenca do céu seus edifícios mais antigos e históricos, que meramente ficaram nas lembranças dos mais velhos e, agora servem aos propósitos turísticos vistos pelas lentes de suas câmeras fotográficas; em proporção muito menos, infelizmente, do que a mulher brasileira, carioca, cuja imagem o estado vende ao Gran Turismo internacional com se fossem prostitutas. O que dizer para um cidadão que fala com sua esposa pela internet no mesmo instante ela desaparece em meio aos destroços do enorme prédio onde trabalha? O que dizer ao cidadão que sai de uma sala onde deixa o pai que alguns minutos depois também desmorona junto com um monte de ferros retorcidos e pesadas placas de concreto?
Ora! Leve-os ao prédio lateral, dê um cafezinho e diga que fiquem tranqüilos, pagaremos o enterro de seus parentes.
Francamente senhores poderosos, não há esforço que lhes retirem a notória e abundante incompetência, não lá fora cegueira tamanha, que não enxergue que a cidade não esta preparada para cuidar dos seus.
Eleições 2012 vem ai. É hora do troco, quem sabe o carioca tenha seu verdadeiro valor.
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