SALÁRIO MINIMO: UM CASO PARA O GÊNIO DA GARRAFA PET
Como obrigar o empregador a pagar no mínimo, um valor suficiente para que o trabalhador paulista – questão do fórum de hoje - viva nesta cidade, sem que o custo do produto, daquele empregador, aumentasse, seria tirar tal diferença dos lucros do dele, no primeiro raciocínio. Ai, já complica uma resposta, que exige uma analise mais ampla, com propriedade e conhecimentos de economia. Aplica-se esse raciocínio ao governo, que elevaria e muito o valor pago aos aposentados e beneficiários, e que teria de ter receita suficiente para cobrir os compromissos com o seguro social. Observa-se que segundo o ministro Mantega, para cada real de aumento no salário mínimo, o governo gasta quase R$ 300 milhões a mais com o pagamento de aposentadorias e benefícios. Neste ponto duas questões convergem para o mesmo ponto, com a diferença que o governo não vende nada que pudesse aumentar os preços e tirar dos lucros, seria uma única fonte a ser explorada; mais do que já é; o imposto de renda que vem de onde? Do próprio trabalhador, que por consequência da reciprocidade, o seu salário aumentado proporcionalmente também.
Já o salário ideal para se viver em Sampa, também dependeria muito no perfil deste paulistano e sua classe social. Quanto ao perfil do paulistano assalariado na faixa comum entre hum e três salários mínimos, ou seja, a classe mais carente daria pra imaginar que algo em torno de 1.500 reais os tiraria da carência por assim dizer, se fosse um casal com no Máximo dois filhos, ainda assim essa família viveria em uma linha tênue, entre a carência e a sobrevivência. E observa-se que não entramos na questão saúde, educação, nem lazer. Apenas saindo do que rotulamos aqui como carência, e já estamos na casa dos três salários mínimos aproximadamente trezentos por cento de aumento real. De onde o empregador vai tirar esse dinheiro todo; salário, mais encargos etc., sem aumentar o seu produto, posto que se aumentar igualmente, o aumento de salário perde a eficácia; sem aumentar a própria receita, que tivesse suficiência para cobrir todos os custos relativos ao aumento que daria ao seu funcionário, sem contar com a relação proporcional que teria de exercer com outras faixas salariais que a empresa tem com mão de obra especializada e terceirizada. Até aqui, ainda que hipoteticamente, uma analise superficial, sem entrar mais profundamente no mérito da questão já observamos a complicação que seria elevar um salário mínimo mais adequado ao que tratamos como “suficiente para se viver em São Paulo ” e colocando um perfil comum ao assalariado mais carente. Há ainda outras classes que embora com salário referenciais acima do mínimo, que também pode parecer insuficiente já que entraríamos na questão da educação, saúde, e lazer. Percebemos então que todas as classes interessadas neste reajuste, até a classe media baixa, tem necessidades em comum. Voltando ao caso do governo, se ele já tem dificuldades no equilíbrio da balança comercial – importação e exportação, o produto interno bruto depende totalmente da iniciativa privada que não teria onde buscar recursos, pois, se aumenta seu produto final deixa de ser competitivo, e ai entra em um verdadeiro campo minado, em um beco sem saída. Neste ponto já falamos de desemprego, recessão entre outras questões correspondentes. Quanto ao empregador, o que aqui posto, iria melhorar a qualidade de vida do assalariado, cumprindo a determinação de pagar o salário ideal para que seu colaborador vivesse bem em São Paulo , não tem de onde tirar tal receita. De momento insistir nesta questão de um salário mínimo suficiente para o trabalhador viver melhor, seria mostrar a ele o doce e não deixá-lo sentir o gosto, quem dirá vender-lhe a ilusão de vive bem com o salário mínimo. Missão inexeqüível, utopia. Neste universo real, a educação, a saúde, e o lazer, estão fora de questão para o trabalhador que se enquadre neste perfil. Lamentavelmente.
E agora Josés? Antonios ?, Joãozinhos ? brasileirinhos ?
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