domingo, 27 de março de 2011

Mão de obra de imigrantes ilegais? ou importação de mão de obra legal? O que vai pegar?

O que vai pegar?

Sob o argumento de que a mão de obra domestica nacional, babás são  muito caras, e pouco comprometidas com o serviço, segundo uma empresaria que já se utiliza de uma domestica  paraguaia. Algumas donas de casa de uma classe mais privilegiada da sociedade começam a utilizar serviços de cidadãs paraguaias, segundo reportagem do Estadão, por Paula Sampaio. Como diz a matéria, e é fato conhecido que cidadãos paraguaios podem permanecer em nossos pais por noventa dias como turistas, a partir daí se quiserem trabalhar - legalmente - precisam voltar a seu país, conseguir o visto e retornar, desta vez na legalidade, já que trabalharam aquele período ilegalmente.

Já existe inclusive a pratica de mandar seus funcionários “importados” de volta a seu país de origem a cada noventa dias, para renovarem seus vistos de turistas e retornarem as suas funções em algumas empresas; segundo a matéria, diz o professor de Direito Internacional da Universidade de São Paulo (USP) Pedro Dallari.

Dois problemas: Um, no mínimo delicado, é saber se esta pratica; da legalização desta mão de obra, será efetivamente utilizada, e se os salários serão descentes, já que essa mão de obra chega mais barata aos lares de classe media alta, se comparado a nacional, como diz a empresaria. Do contrario estaremos incorrendo na pratica da exploração de migrantes estrangeiros a exemplo de outros em todo o mundo.

Já o segundo problema é: Como ficam as mulheres brasileiras  – mulheres de classe muito baixa, que sobrevivem de faxina, e serviços domésticos nos lares mais privilegiados da sociedade brasileira e que perderão seu “ganha pão” de cada dia, as custas de duros trabalhos domésticos, que custeiam sua sobrevivência. Sim, porque a partir das babás, virão: às passadeiras, lavadeiras, arrumadeiras, enfim; toda sorte de serviços de custo significativamente baratos.

Sem preconceito algum, nada absolutamente, contra a mão de obra estrangeira, apenas uma reflexão para uma pratica que pode estar acontecendo há muito tempo sem o devido trato à que deve ser dado á questão. Embora haja a boa fé por parte das empregadoras que dizem querer tudo legalizado, mas; sabemos eu uma coisa leva a outra, daí a possibilidade da pratica ilegal ser mais conveniente financeiramente.

Isso nos lembra, e muito a situação de brasileiros, tanto nos EUA, como no Japão, para não citar outros países onde a mão de obra estrangeira acaba surtindo benefícios sem fim.

Já o pais das maravilhas – alusão a mercadorias baratas –  o Paraguai, propicia a muitos brasileiros; os chamados sacoleiros; uma boa chance de ganhos elevados que não teriam na economia legal em nosso próprio país.

Veja a matéria.

http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20110327/not_imp697764,0.php

Foto: Claudio Gonçalves

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Um comentário:

VALENTINATUBE disse...

Regulamentação de regras da PEC das Domésticas deve sair em 90 dias, diz ministro
A PEC estende aos empregados domésticos todos os direitos dos demais trabalhadores


Imagino sinceramente que esta não seja a realidade da casa de muita gente, nem foi com esta sugestão que entrei neste assunto. Contudo lamento te dizer que esta é a realidade de milhares e milhares de mães que trabalham em casa de família, elas que deixam seus filhos em suas residências menos nobres das que servem como lavadeiras, passadeiras, faxineiras, arrumadeiras, babas enfim. Ao anoitecer quando chegam á suas casas, famintas esgotadas ainda tem seus afazeres, seus filhos que ficaram órfãos por todo o dia a disposição da própria sorte, muitas vezes sob os cuidados de um maiorzinho com apenas dez anos de idade, quantos casos já observamos de denuncias de mães que os deixam trancados no barraco, e quantas outras encontraram as cinzas de seus filhos ao voltar com uma refeição deles para casa. Na periferia esta a maioria delas, discriminadas, exploradas por patroas sem escrúpulos, a ponto de separarem rações de alimentos para suas “ empregadas” quando sedem alimentação, na maioria das vezes não dão nada, nem mesmo o resto. Esta a realidade da empregada, ou melhor, de milhares delas na periferia das cidades grandes. Esse é o ponto, é esta a escravidão, o tratamento desumano que sustenta a pompa de alguns outros milhares de patroa. Essa é a escravidão que sonho que acabe com este advento. Para minha querida mãe acabou somente com seu falecimento, deixou-me de herança tudo que sou, minha educação meus estudos minha formação, sempre em escola publica, mas levando cadernos de arame , lápis inteiro e livros, estojo e tudo mais, me faltava o lanche, mas isso eu podia suportar, já que seu sacrifício também sentia no estomago. Então creio que pode perceber que conheço de perto a escravidão de que falo.
Claro que outras milhares e milhares de patroas agiram de forma excepcional até, também conheci patroas, historias maravilhosas de patroas que deram formação, e educação aos filhos de suas “empregadas” que serviram seus empregados, que permitiram a convivências com seus próprios filhos na mesma casa, um louvável comportamento humano ao contrario das demais “Senhoras de empregados domésticos”