CONTRA ORDEM DAS COISAS, OU CONTRA COISAS, DE CERTA ORDEM.
Não na mesma ordem necessariamente. A ordem é viver. Fazer viver. Salvar ao invés de matar.
O Brasil tem um interesse muito grande em fazer parte, permanentemente, do Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) que entre outros poderes pode interferir e também permite o uso de força para instaurar uma zona de exclusão aérea no país; no caso da Líbia de Kadafi ou Gaddafi. Como queiram.
Nasci em um país livre, salvo governos ditadores que tivemos e o terrível e mais duro golpe que sofremos, por um longo período; o AI 5, Ato institucional numero 5. Vivi, vivemos todos em um país de paz. A visita de Obama ao nosso país, do futebol, do carnaval, das enchentes, das greves, da violência, da educação precária e a saúde publica em agruras, deve fortalecer essa possibilidade: a de ser, o Brasil permanentemente membro do conselho de segurança da ONU. Nosso exercito tem sido lembrado pelas atitudes de ajuda humanitária em países vizinhos, com missões de paz. Sem matar, sem condenar, tão pouco cumprir sentenças de morte, feito uma missão que ordenaria derrubar aeronaves seja lá de onde for por qual motivo fosse, ou ataque cirúrgico a alvos militares. Este ultimo, esta na moda, todo ataque cirúrgico que acaba matando civis parece ser justificado como perda necessária. Uma vida perdida em nome de uma posição que julga outras culturas que sequer compreende-se. Ora bolas, sacrifício é o que estão fazendo cento e oitenta técnicos japoneses expostos a níveis de irradiação que os leva diretamente a morte em prol de salvar milhões delas.
Pergunto-me: Isso será realmente positivo? Refiro-me a posição deste novo membro, que quer ser Brasil, no melhor dos trocadilhos.
Não se trata de aprovar o que aquele líder demente, que por sinal foi adorado e idolatrado até então pelo mesmo povo que já se cansou de fingir idolatria, pobre povo, sou solidário a eles. É uma guerra sem sentido como todas as guerras, mas além disso tem um grande interesse dos que lucram com ela, e que lucro deve ser.
Não temos experiências com guerras, sequer conseguimos ganhar algumas batalhas, a exemplo da educação, saúde, e a insegurança que vivemos. Agora vamos decidir quem morre quando morre e onde morre em guerras alheias, e vamos gastar muito com isso. Certamente irão nos oferecer armas sofisticadas, treinamentos inimagináveis, a preços mais inimagináveis ainda. Que me perdoem os experts do assunto, não entendo de guerras, nunca lutei em guerras, cobri algumas é bem verdade e em meio a elas incapaz de interferir, imparcial, como jornalista, tentei mostrar o quanto elas não significavam nada, absolutamente nada, e observo que foram guerras sociais, enquanto nosso querido país navegava por mares turbulentos, de noites escuras e mentes que traziam nos olhos o brilho do poder, da insensatez, e da mais profunda ignorância. Uma milícia que prendia e torturava estudantes com acusações de terrorismos cujas provas eram absurdamente um livro em alemão que ensinava sobre “Bomba Hidráulica” já outro perigosíssimo terrorista era um seguidor de um certo General Eletric. Ufa ! Quero assim propor uma reflexão sobre o quanto precisamos ter tais poderes em interferir em guerras alheia tomando partido dela seja para qual lado for, ou invés de participarmos dela salvando vidas, auxiliando vitimas, enfim. Humanitariamente, não como mais um algoz implacável com uma boa desculpa e uma bela posição no conselho de segurança da ONU.
Dessa vez ainda não temos responsabilidades, o governo Dilma esta apenas começando, e outros virão e sabe-se lá quais serão seus ideais com relação ao poder de interferir. Cinco integrantes do órgão se abstiveram (Brasil, Rússia, China, Índia e Alemanha). A resolução possibilita que a comunidade internacional adote "todas as medidas necessárias para proteger a população civil". Além disso o Brasil se manifestou completamente contra as ações de Kadafi.
Deve haver outra maneira de intermediar tais desavenças, tais ideais, tais guerras.
Os precedentes nos mostram que algumas nações surgiram depois de batalhas, depois de muitas guerras, ela esta em seu DNA, se é possível a comparação. Samuel Colt, criador do revolver Colt, justificou sua criação como sendo o diferencial entre os homens, outros, jargões, “Se você quer a paz, prepare-se para a guerra, filosofia barata, e o mundo se tornou uma piscina cheia de gasolina com todos os lideres exibindo seus palitos de fósforos, cada um mais sofisticado que outro. Se comparando a eles nos estaríamos do lado de fora dela com um balde d’água nas mãos.
Não queremos a guerra, queremos educação, saúde, e segurança para nossos filhos nossos netos, vizinhos amigos e por que não aos parentes também.
Claudio Gonçalves.
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