sábado, 30 de outubro de 2010

A riqueza e sensibilidade de um autor tocantinense: Dorivã- O Passarim do Jalapão

A riqueza e sensibilidade de um autor tocantinense: Dorivã- O Passarim do Jalapão

por Claudio Gonçalves, sábado, 30 de outubro de 2010 às 10:55

Diário do poeta

Argumento da obra

Por Dorivã,

Outubro de 2010, 30, sexta feira.

Lendo um livro infantil com ilustrações em quadrinhos sobre a história da música, tive acesso a uma preciosa informação: a que Mozart caminhou trezentos quilômetros a pé para assistir a um concerto de um ídolo, que era igualmente um músico como ele. Pois; bem, em qualquer fase da vida todo ser humano sente a inquietude e o desejo de se emocionar sem medir esforços para alcançar um deleite de prazer, que nos chega via sensorial -olhos, ouvidos, tato, cheiros- penetrando nossos corações, acelerando e provocando o nosso lúdico-criativo. Atento a isto, em uma viagem ao exterior observei que Monaliza e a Torre Eifel arrastam aos seus pés um mundo de pessoas das mais diferentes referências, levando-nos a um deleite de sensações e emoções, que só as artes podem nos proporcionar. No Brasil, vi que o Pelourinho de Salvador, o Pirata de Fortaleza, o Corcovado do Rio de Janeiro e o Parintins do Amazonas, também arrastam as mesmas multidões. E hoje, o Tocantins chega a sua maioridade ainda em crise de identidade - será realmente por ser muito jovem?- que agrega uma diversidade cultural  adivinha dos quatro cantos do país, que para cá, trouxeram seus hábitos e costumes: além de congraçar com os “nativos” já existentes do antigo norte do Goiás.

Por ser um, desses cidadãos nativos e, artista que trás no DNA a paixão pelos costumes festivos, folclóricos, culturais e religiosos, além do respeito à nossa exuberante natureza. Acompanho atentamente todos os movimentos e ações realizadas no Tocantins, inclusive as da gestão pública em relação ao nosso turismo cultural e nossa própria etnia.

Chego à conclusão que o Tocantins já está muito bem inventariado, com foco nas questões do turismo ecológico, religioso, e esportivo. Mas, acredito que já estamos no momento de sermos também vitrine cultural do norte e centro-oeste do Brasil. Temos total condição de criar um mercado cultural que venha se consolidar em um espaço físico e permanente, através de nossa identidade, costumes, lendas, tradições festivas e gastronômicas. Arte e Cultura, graças a Deus, têm de sobra!

Pensando assim, com o violão no colo, fechei meus olhos e comecei a viajar -de mala e cuia- e de dentro desse batelão imaginário, passaram diante de meus olhos: a dança da jiquitaia, a sússia do sudeste, os congos e taieiras, o tambor de Seu Laurindo, a dança de Dona Mudestina, a catira de Patrício e Belarmino, o lindô da região do Bico do Papagaio, o Caixeiro Filozinho, os ceguinhos das feiras, os tambores do Tocantins, os escritos de Liberato Póvoa e Otávio Barros, a poesia de Tião Pinheiro, Gilson Cavalcante, Zé Gomes e Resende; o terço de cristal de Seu Jeremias de Cristalândia, as canções de Braguinha Barroso, Evérton dos Andes, Juraíldes da cruz e Genésio Tocantins, o violão de Solé, o forró Pedra de Fogo e Antista do Acordeon, a quadrilha do Cafundó, as colchas e bordados das senhorinhas de Monte do Carmo, o balet de Meire Maria, o artesanato de dona Miúda, a cerâmica de lajeado, o cinema de Marcelo Silva e Hélio brito, a dança dos Carajás, o amor-perfeito de Dona Naninha, os cálices de licores de Taninha, as lendas da serra de Natividade, a cachaça de engenho dos azuis, a paçoca de Arraias -a melhor do mundo- e por aí afora... Poderia viajar durante dias nessa viagem poética.

Com tudo isso que temos, acredito, poderia ser formada a maior feira permanente a Tocantins Aberto -alusão à céu- de exposições de talento e a maravilhosa e forte identidade de nossa terra. Canto nossa gente e cultura com toda convicção!

Tive a oportunidade de vivenciar em outros estados e em outros países, o respeito, a admiração e o interesse com que o grande público aplaude nossas manifestações e apresentações artístico-culturais, pois; por onde passamos mostramos sabores e saberes que nascem da força e beleza de nossa identidade.

Dorivã canta a riquesa e a beleza do Tocantins em seu mais recente trabalho: Taquarulua

A riquesa e secibilidade de um autor tocantinense: Dorivã- O Passarim do Jalapão

Nenhum comentário: