
Desnuda desprovida de qualquer preconceito, ágil e hábil, quase sempre em movimento, elas vão e vem, acompanham fielmente e provem de toda necessidade; de sustento, de vaidade, de prazer. Que lança a sorte de toda sorte. Semeiam e debulham a fartura ou as migalhas. Calejada, vaidosa, firme ou tremula quando as emoções se afloram. Ora autoritária, ora delicada .Decidem. Trazem em sua nudez as marcas do tempo. Esbravejam,gesticulam, afagam,protestam e sinalizam. Chama á consciência em um simples gesto de segurar a cabeça do próprio corpo. As mãos condenam, absolvem,promovem,criam e constroem, influenciam na imaginação quando escrevem,quando pintam,quando apontam em uma direção que pode ser até a contramão. Quase falam às vezes. Sempre se fazem entender. Agarram-se aos seios maternos quando pequeninas, afagam e encantam com sua infantil leveza desnorteada e ingênua. As mãos que clicam e registram a história, os costumes e culturas. Trouxe da idade da pedra para a era digital o ser humano com maestria e sensibilidade. Quando se dão; se apertam; unem nações e seus povos, calam as guerras e, a humanidade aplaude de punho forte com ambas as mãos. Venceram desafios, escalaram montanhas, desbravaram e transpuseram limites de um universo concebido por uma única mão. A mão que criou o universo de todas as coisas de todas as mãos.
A mão de DEUS
Cláudio Goncalvess
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